domingo, 24 de fevereiro de 2013

Música pode ajudar no controle do câncer de mama


Priscila Biancovilli
Um trabalho inovador coordenado pela pesquisadora Marcia Capella, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (UFRJ) sugere que a música pode servir como grande aliada no tratamento do câncer de mama. O estudo, que teve início em maio de 2010, analisa os efeitos de ondas sonoras audíveis em células em cultura. Quando células MCF-7 (de câncer de mama humano) são expostas à 5ª Sinfonia de Beethoven e à composição Atmosphères, de Gyorgy Ligeti, tendem a diminuir de tamanho e morrer.
“Iniciamos nosso trabalho usando três composições: a Sonata para 2 Pianos em Ré  maior, de Mozart (conhecida por causar o “efeito Mozart”, um aumento temporário do raciocínio espaço-temporal de um indivíduo), a 5ª Sinfonia de Beethoven e Atmosphères, uma composição contemporânea, que se caracteriza principalmente pela ausência de uma linha melódica que traduza o tema”, afirma Márcia.
As células MCF-7  “ouviram” as músicas durante meia hora, e depois, o grupo testou seus efeitos. A composição de Mozart não provocou nenhuma alteração nas células, mas as de Beethoven e Ligeti causaram a morte de em média 20% delas, além de diminuição de tamanho e granulosidade. O fato de Mozart não ter provocado nenhuma reação é curioso, já que suas composições estão entre as mais utilizadas na musicoterapia. Já foi descrito na literatura que a Sonata para 2 Pianos diminui o número de ataques epiléticos e aumenta a capacidade de memória em pacientes com Alzheimer. Nesse caso, porém, nada de especial aconteceu. “Pode ser que a música de Mozart gere efeitos apenas em neurônios, mas não em outros tipos de célula”, sugere Marcia.
O ciclo de duplicação da célula MCF-7 dura aproximadamente 30 horas. “Então fazemos a contagem de células sempre 48 horas depois da exposição à música, porque sabemos que já houve uma duplicação. Buscamos agora formas de aumentar a porcentagem de morte celular. Beethoven é extremamente agradável de se ouvir, então não seria de forma alguma um problema para os pacientes portadores da doença. As composições de Ligeti, diferentemente, não são harmoniosas e causam uma maior tensão. Mas como ambas parecem agir apenas sobre as células cancerosas, estamos vibrando”, comemora a professora.
 “Ainda precisamos estudar melhor os mecanismos destes efeitos, ou seja: porque apenas alguns tipos de células são sensíveis a estas músicas? E por que apenas alguns tipos específicos de músicas provocam efeitos? Fizemos testes também com a MDCK, uma célula não-tumorigênica, e com linfócitos, e elas não responderam a estes estímulos sonoros”, continua.
A ideia é que, no futuro, o grupo possa criar sequências sonoras específicas para ajudar no tratamento do câncer. “Utilizando células em cultura, acredito que possamos chegar a este ponto. Estamos eliminando o fator emocional da música, analisando seus efeitos diretos em células. Podemos agora começar a comparar uma célula tumoral com uma normal, avaliando as diferenças entre seus mecanismos de resposta e vias de sinalização”, diz Marcia. “Estamos partindo praticamente do zero. Existem pouquíssimos estudos sobre esta área, e nenhum trata de células humanas tumorais”, analisa Nathalia Lestard, uma das pesquisadoras deste grupo. Mais para frente, eles pensam em expandir o leque de ritmos musicais a serem utilizados, entre eles samba e funk.
Além de Marcia Capella, compõem o grupo de pesquisadores deste projeto o professor Marcos Teixeira, da Escola de Música Villa-Lobos, Raphael Valente, aluno de pós-doutorado do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ, além de Nathalia Lestard e Carolina Villela, alunas de iniciação científica da UFRJ.
Disponível em: http://www.oncobiologia.bioqmed.ufrj.br/noticias_onconews_detalhes.asp?id=417

domingo, 27 de janeiro de 2013

Problemas emocionais do pai afetam a saúde mental de seus filhos desde a gravidez


A musicoterapia no pré-natal pode ser feita com toda a família, melhorando os vínculos entre os pais e o bebê, e diminuindo os efeitos do estresse e outros problemas emocionais sobre a criança.

 

Nova pesquisa encontrou relação entre pais com altos níveis de stress e ansiedade durante a gestação do filho e problemas de comportamento da criança durante a infância

Paternidade: Estudo encontra relação entre problemas mentais dos pais durante a gestação dos filhos e dificuldades emocionais e de comportamento das crianças ao longo da infância
Paternidade: Estudo encontra relação entre problemas mentais dos pais durante a gestação dos filhos e dificuldades emocionais e de comportamento das crianças ao longo da infância (Thinkstock)
Segundo um novo estudo norueguês, pais que sofrem de stress, ansiedade e outros problemas emocionais podem afetar de forma negativa a saúde mental de seus filhos antes mesmo antes de eles nascerem — ou seja, ao longo da gestação dos bebês. Para os autores dessa pesquisa, explicações plausíveis para essa relação incluem o fator genético e a possibilidade de esses homens influenciarem a saúde mental das mulheres grávidas, prejudicando indiretamente o feto. Essas conclusões foram publicadas nesta segunda-feira na revista médica Pediatrics.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Paternal Mental Health and Socioemotional and Behavioral Development in Their Children

Onde foi divulgada: revista Pediatrics

Quem fez: Anne Lise Kvalevaag, Paul Ramchandani, Oddbjørn Hove, Jörg Assmus, Malin Eberhard-Gran, e Eva Biringer

Instituição: Hospital Helse Fonna

Dados de amostragem: 31.663 famílias

Resultado: Pais que, na metade da gravidez de seus filhos, apresentam altos níveis de stress e ansiedade, têm uma chance maior de ter filhos com problemas comportamentais e emocionais aos três anos de idade.
A pesquisa, feita no Departamento de Psiquiatria do hospital dinamarquês Helse Fonna, se baseou em dados de mais de 30.000 crianças que foram acompanhadas desde a gestação. Na 17ª semana de gravidez, os pais dessas crianças responderam a um questionário que avaliou aspectos da saúde mental, como se esses homens apresentavam sintomas de depressão ou ansiedade, por exemplo. A equipe também coletou dados sobre a saúde mental das mães e avaliaram o desenvolvimento das crianças quando elas alcançaram três anos de idade.
De acordo com os resultados, 3% dos pais que participaram do estudo tinham altos níveis de stress e ansiedade durante a gestação de seus filhos. E, além disso, os filhos desses homens tinham um risco 22% maior de apresentar problemas emocionais e 19% maior de ter problemas de comportamento aos três anos de idade. Essa relação permaneceu semelhante mesmo após os pesquisadores levarem em consideração fatores como idade e nível socioeconômico do pai e saúde mental da mãe da criança.



domingo, 20 de janeiro de 2013

A Porção Esquecida da Personalidade

Uma porção da personalidade humana que é pouco explorada pelos estudos
psicológicos. A esta porção dá-se o nome de Identidade Sonora (ISO). Como
definição, Identidade Sonora é o conjunto de energias sonoras, acústicas e de
movimento que pertencem a um indivíduo e o caracterizam. Esta identidade é
formada pelas energias sonoras herdadas através das estruturas genéticas,
pelas vivências vibracionais, gravitacionais e sonoras durante a vida intrauterina
e por todas as experiências não-verbais do indivíduo, desde o nascimento até o momento
de sua morte.
Como se pode notar, o conceito de ISO não é
estático, ou seja, as energias sonoras não-verbais
mantêm-se em constante movimento e são nutridas
constantemente pelos processos de comunicação
do indivíduo. A identidade sonora é a porção de nossa
personalidade em que estão potencializadas todas
as forças de percepções sonoro-musicais nãoverbais
passadas e presentes.
Podemos diferenciar quatro tipos de
identidades sonoras (ISO):
ISO universal: são as energias corporosonoro-
musicais que se encontram no inconsciente,
herdadas geneticamente através de milênios e milênios. Estas energias caracterizam todo o
gênero humano, tanto do Ocidente como do Oriente.
ISO gestáltico: são energias corporo-sonoro-musicais que também se encontram em
movimento no inconsciente, mas que vão se produzindo desde o momento da concepção de
cada indivíduo.
ISO cultural: são energias corporo-sonoro-musicais que se nutrem desde o nascimento
do indivíduo por todos os estímulos que receberá do ambiente que o rodeia.
ISO grupal: é um sistema de energias corporo-sonoro-musicais que aparecem em
determinados momentos da interação de um grupo terapêutico.
Por isso, em um processo musicoterapêutico, o verdadeiro ato de comunicação se
estabelece quando se reconhecem e se diferenciam o ISO do musicoterapeuta e o ISO do paciente.
Autoria: Louisiana Passarini e Wanderley A. Junior
Musicoterapeutas do Centro de
Musicoterapia Benenzon Brasil 

Disponível em: http://www.centrobenenzon.com.br/cmbb/artigos.html

sábado, 12 de janeiro de 2013

Você sabe o que é musicoterapia??


Musicoterapia é a utilização da música e/ou de seus elementos constituintes, ritmo, melodia e harmonia, por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou grupo, em um processo destinado a facilitar e promover comunicação, relacionamento aprendizado, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, a fim de atender as necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas. A musicoterapia busca desenvolver potenciais e/ou restaurar funções do indivíduo para que ele ou ela alcance uma melhor qualidade de vida, através de prevenção, reabilitação ou tratamento. (World Federation of Music Therapy)

Confira essa nova proposta de trabalho!!